domingo, 24 de outubro de 2010

De Olhos Fechados


Quando você sangra,
e todos te reclamam solução,
por quem você clama?
Quem promove a luz na escuridão
onde você anda?

Quem te deu aval ou condição
de fazer ciranda,
quando a dança é outra

E você não está tão afim
de seguir viagem
em toda essa bobagem
feito pão diário à formação
de seu próprio senso,
tão sensível e tenso

Quase imprevisível,
tão quanto denso
e incompatível ao mesmo lugar
onde você estava

A pessoa errada
foi exatamente o que matou,
quando te informaram
sua má vontade
e incapacidade

Existência decadente e dependente

Saia
desse breu manchado
pela luz vazia,
quando a hipocrisia lhe comprar
mais algumas táticas
e disfarces mágicos
a enganar os tolos
cuja fé,aos montes,se dispõe
junto aos teus pés
que ninguém mais lava

Onde,embaixo,cavas
a abrigar sem ver sua vida vã
e desajustada,
e desamparada,
e desesperada
por aqueles que primeiro amou

de olhos fechados

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